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Ovinos    
Ovelha rústica é adaptada ao clima do Cerrado
Raça pantaneira com alta fertilidade possibilita a criação em pequenas propriedades com baixo custo e produção de carne magra
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Breno Fonseca
01/12/2010

A região é de condições climáticas agressivas. No entanto, a ovelha Pantaneira desempenha no Cerrado e, principalmente no Pantanal, papel importante para a produção de carne magra, com textura e sabor. E é por conta disso que o pesquisador Marcos Barbosa Ferreira, da Anhanguera Uniderp, desenvolve estudos sobre a linhagem que teve origem na combinação entre ovinos do sul e do nordeste. O objetivo é a divulgação, resgate e, sobretudo, manutenção da raça.

Marcos Ferreira explica que para o grupo genético ser reconhecido como raça foram necessários procedimentos de caracterização, com a avaliação dos exemplares. Os resultados mostraram que o ovino pantaneiro é fértil em qualquer época do ano por conta da vasta oferta de pastagem em todas as estações. E, segundo o pesquisador da Embrapa, essa é a grande vantagem da ovelha rústica em relação às que habitam regiões frias, que só entram no cio em uma determinada época para que os filhotes nasçam durante a primavera, quando o oferecimento de alimento é maior. Resistentes ao calor de 30°, ao contrário de reprodutores oriundos da Europa, o macho pode manter-se fértil por até nove anos. 

— Com a adaptabilidade da Pantaneira a um ambiente hostil, não existe a dependência sazonal. A partir do momento em que os mais resistentes foram sobrevivendo, essas características são passadas aos seus descendentes. Como são animais rústicos e de porte médio, não possuem exigência nutricional muito grande. Os nossos estudos com ganho de peso de cordeiros em confinamento mostraram que eles não deixam nada a desejar a animais com altos valores zootécnicos — destaca Marcos. 

Outro ponto a favor da raça é a produção de carne. Atualmente com o preço da carne ovina em torno de R$150 por arroba, os cordeiros devem ser abatidos com de 28 a 32kg e com pelo menos dois dentes de leite. Marcos comenta que, após entrarem em confinamento com cerca de 15kg, cordeiros chegam aos 30kg com 60 dias em sistema intensivo. O ovinocultor deve ficar atento aos filhotes, que não podem ser criados a campo com as mães. Por conta dos remédios pouco eficazes no combate à verminose, os cordeiros devem ficar em pasto apenas durante 15 dias. Depois da entrada no regime confinado, é fundamental o ganho de peso com ração balanceada e mamada controlada duas vezes por dia.  

— O produtor acha que a Pantaneira não dá retorno. Só que todos os nossos trabalhos mostram que é um animal para pequenas propriedades por conta da sua rusticidade. Assim, há menor custo com medicamentos e manutenção. Além disso, produzem lã, que não é de qualidade para a indústria têxtil, mas que funciona para a produção de mantas, baixeiros e de artesanato devido ao bom comprimento da fibra — conclui. 

Para mais informações, os interessados devem entrar em contato diretamente com o pesquisador Marcos Barbosa Ferreira pelo telefone (67) 3318-3064 ou pelo e-mail profmarcoset@gmail.com.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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